segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Um novo ano começa

Enfim, estamos em 2012. Segundo uma estranha profecia, esse será o ano do fim do mundo. Fizeram até um filme a respeito disso, o ruim "2012" de Rolland Emmerich. Lembram? Pois é, como sou cético, não creio na tal profecia e nem sabia da existência dela até o filme surgir nos cinemas. Cinema tem esse poder, de nos fazer conhecer coisas que até então desconhecíamos. Aprendi muito da vida assistindo filmes, acho que pelo fato de ter sido muito tímido na infância e na adolescência, a sala escura do cinema sempre me pareceu um lugar reconfortante e acolhedor. E uma vez lá, comecei a conhecer mundos, os quais eu não conheceria se não estivesse lá. Tenho uma relação quase religiosa com o cinema no qual a tela é o altar e eu sou o religioso, mas também é uma relação profana, pois quero adentrar a tela com todos os meus sentidos aguçados e sentir em parte um pouco do que aqueles personagens estão sentindo. Difícil entender? Quem é cinéfilo deve me entender.

Cinema é uma das minhas grandes paixões. Independente do gênero, gosto de boas histórias. Seja entretenimento ou não, quero que os filmes que vejo me provoquem, me ponham em dúvida, me surpreendam. Isso tem sido cada vez mais difícil em tempos de cinema-negócio. Tudo virou produto de consumo, e uma vez assim apresentados, nos faz consumir cada vez mais velhas fórmulas tão gastas e vazias que, muitas vezes, uma ida ao cinema torna-se um martírio. Ainda bem que, apesar de tudo e utilizando-me de um grande clichê, atesto: há uma luz no fim do túnel. Sim, existem pessoas que estão dispostas a fazer cinema de verdade, arte que nos faça refletir, pensar e questionar. Cinema que nos faça rir, sem que esse riso seja necessariamente estúpido e chorar, sem que essas lágrimas sejam piegas.

Escrevo esse blog na intenção de compartilhar minhas opiniões, críticas e comentários sobre os filmes que vejo e sobre o próprio mundo do cinema. Uma vez ou outra, poderei publicar algo relacionado à outras artes. Não há grandes intenções no que escrevo, pelo contrário, vejo esse espaço muito mais como um arquivo de textos para exercício da escrita ou como um diário de cinéfilo que, em vez de ficar com a opinião introjetada, resolveu dividi-la com os outros.

Um novo ano começa e temos daqui em diante dias novinhos em folha para praticarmos o saudável exercício de descobrir bons filmes, bons livros, boas histórias, bons amigos, boa música...

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