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Quem foi adolescente nos remotos anos 90 certamente deve ter visto “O Guarda-Costas” ao menos uma vez numa sessão de filmes da televisão. Hoje, é claro, a maioria adulto desdenha um pouco ou muito do filme. Isso acontece porque o longa dirigido por Mick Jackson é altamente melodramático e a canção principal "I will always love you" cantada por Whitney Houston se tornou um verdadeiro chiclete que sonorizou toda e qualquer comemoração de dia dos namorados, o que a fez ganhar com o passar do tempo o rótulo de cafona. Assim também ocorreu com a famigerada canção “My heart will go on” da Celine Dion do filme “Titanic”. Lembra?
O enredo é simples: o protagonista Frank Farmer (Kevin Costner) é um ex-agente do serviço secreto americano que acaba contratado para ser o guarda-costas da famosa cantora Rachel Marron (Whitney Houston) que está sendo ameaçada por um possível maníaco. O roteiro cria alguns candidatos ao posto de vilão da história, incluindo um fã obcecado pela cantora e uma irmã invejosa, na intenção de manter o suspense até o derradeiro final quando, numa cerimônia de entrega do Oscar, Rachel sofre um atentado. Percebe-se que Whitney Houstou não precisou fazer muito esforço para interpretar uma cantora que de vez em quando é atriz.
A produção é extremamente pop, puro entretenimento para uma sessão da tarde, um produto do cinema hollywoodiano para alavancar a carreira de Kevin Costner e lançar Whitney Houston como atriz. Você poderá viver cem anos, goste ou não, esse filme será sempre lembrado, assim como sua canção, que chata ou não, entrou para a história. E foi por isso tudo que ele acabou se tornando um clássico do cinema pop. Afinal, para ser um clássico não precisa ser exatamente uma obra prima. O que observo aqui, não é se o filme é bom ou ruim e sim a força da narrativa para se manter na memória do público ano após ano e assim ultrapassar gerações. Julgando-o, posso dizer que é até bem feitinho e tem uma história bem amarrada, sem inovações, mas foi urdido com o intuito de agradar o grande público e isso inclui a presença de muitos clichês na trama.
Agora com a morte da cantora Whitney Houston anunciada no sábado (dia 11), “O Guarda-costas” entrou definitivamente para o hall das obras inesquecíveis da história do cinema americano. Por ter sido o único filme de grande repercussão da cantora (ela fez outros dois filmes como protagonista “Falando de amor” e “Um anjo em minha vida” entre outras pontas em filmes menores), por ter sido um cliclete grudento, por ter arrecadado muita grana, por ser entretenimento descarado, por tocar a música-tema até hoje nas rádios do mundo inteiro, por ter passado na televisão milhares e milhares de vezes, o filme acabou tornando-se imortal e o óbito da artista reforça ainda mais esse caráter perene da obra. A morte tem esse poder. Jaz o corpo, permanece a arte.
Abaixo, três videos retirados da trilha-sonora do filme. "I have nothing" e "Run to you" foram indicadas ao Oscar em 1993, mas perdeu para a canção da animação "Aladdin". "I will always love you" não foi indicada porque era uma regravação de uma música de Dolly Parton. O quarto video é da música "When you believe" que pertence a trilha-sonora da animação "O Príncipe do Egito" música que juntou as vozes de Whitney Houston e Mariah Carey e acabou levando o Oscar de melhor canção em 1999.
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